Everson Barbosa

Um jovem com propósitos

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3 – A razão da adoração

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Porque um menino nos nasceu, um filho nos foi dado, e o governo está sobre os seus ombros e ele será chamado Maravilhoso, Conselheiro, Deus Poderoso, Pai Eterno, Príncipe da Paz.

Isaías 9: 6

Falar do Natal ainda está gerando muita polêmica. Muita gente tem contestado a comemoração da data o que acho uma tremenda bobagem.

Leve em conta que no meio de todo esse espírito consumista a igreja está se calando em um momento propício para falar do amor de Deus. Sim, todo dia é para se falar desse amor, mas não precisamos ser tão radicais a ponto de criticar de forma tão dura aqueles que entendem que essa é uma data importante.

Na nossa igreja temos comemorado o Natal deixando a adoração fluir. Pois foi isso que aconteceu, a adoração fluiu quando Maria recebeu a notícia do anjo (Lc 1:46-56), a adoração fluiu nos céus (Lc 2:14), A adoração fluiu dos homens simples como os pastores (Lc 2:16) e de poderosos como os magos (Mt 2:1). E essa adoração nao flui somente a partir de uma música, mas de um culto de gratidão pelo que Deus tem feito, gratidão pelo presente tão especial e surpreendente que foi em nos ter enviado seu filho, gratidão por podermos estar reunidos em um só propósito.

O Natal já está chegando, e demonstre as pessoas ao seu redor que sua preocupação não está se vai ganhar ou não um presente, ou se a ceia vai ficar gostosa ou não, mas mostre o quão grato e especial você se sente por Deus não ter esquecido de nós.

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dezembro 21, 2008 at 5:24 pm

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2 – Um Deus que surpreende

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E, projetando ele isto, eis que em sonho lhe apareceu um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber a Maria, tua mulher, porque o que nela está gerado é do Espírito Santo.

Mateus 1:20

Será que sou só eu que tenho a sensação de que os Natais estão ficando cada vez mais monótonos? Acho porque a gente vai crescendo, e todo aquela coisa de ganhar presente não se torna tão essencial assim como achavá-mos quando éramos crianças. O clima de fim de ano chegando desperta nas pessoas uma certa “canseira” pois elas estão cheias de vontade para tirar suas férias, que acabe logo o ano. Ouve-se frases que todos os anos são iguais, e tem se tornado clichês natalísticos.

Mas o verdadeiro sentido do Natal não foi nem um pouco óbvio, foi no mínimo surpreendente.

É só pensar comigo: o que pensar de uma mulher que em uma sociedade patriarcal, como a dos judeus, disesse para seu marido estar grávida do Espírito Santo? E o que pensar de um marido que no príncipio relutando, luta contra todo tipo de preconceito e entende que ele faz parte de um propósito de Deus para a humanidade?

Deus surpreende, ao escolher um humilde lar para se tornar homem. Deus surpeende, ao escolher uma forma inusitada de nascer. Deus surpreende ao não aparecer em uma carruagem de fogo guiada por anjos mas sim na indefesa forma de uma criança. Deus surpreende ao decidir viver como nós, por nós.

A época do Natal tem esse lado comercial, mas também deve ser vista como a surpresa de Deus ao homem, algo que levou muitos até mesmo a duvidarem que Deus poderia se fazer presente de forma tão real, ou seja, em carne e osso.

Por isso e pelas muitas histórias que a Bíblia relata, eu não consigo acreditar em um Deus óbvio, que faz tudo sempre da mesma forma. Eu creio que a multiforme sabedoria de Deus se revela dia-a-dia à nós através de coisas que aparentemente parecem simples, mas ao longo do tempo se demonstram profundas. O Deus que eu creio, é capaz de me surpreender ao se mostrar tão simples e poderoso ao mesmo tempo, tão homem e tão soberano, tão real e tão sobrenatural.

O sentido do Natal não é óbvio. Um bondoso velinho, vestido de vermelho, entregando presentes somente para aqueles que fazem coisas boas e aparecendo somente em uma época do ano parece muito óbvio pra mim, mas um menino nascendo em uma manjedoura, sendo coroado em meio aos animais e resplandecendo através da sua forma de viver o amor do alto, isso sim é surprendente. Isso sim dá sentido ao meu natal.

Para refletir:

Você concorda comigo que a medida que vamos crescendo o Natal vai perdendo a graça? Será que dá pra viver somente com um presente recebido no fim do ano, quando o que na verdade o que nos é oferecido é um presente para a eternidade?

Written by eversonbarbosa

dezembro 16, 2008 at 12:37 am

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1 – Um capítulo se fechando

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“Registro da genealogia de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão: Abraão gerou Isaque; Isaque gerou Jacó; Jacó gerou Judá e seus irmãos…”

Mateus 1:1-17

A Bíblia é recheada de genalogias, fulano nasceu de ciclano, que era isso, de quem nasceu a tal pessoa, e por aí vai.  Esses registros são importantes para compreender o contexto histórico de determinadas situações e também é uma forma de mostrar o quanto Deus está presente nas mais diversas gerações. De todas as genealogias, compreender a linhagem histórica de Jesus Cristo é fundamental para entender a forma com que ele veio ao mundo. E mais que isso, as pessoas que antecederam seu nascimento.

Demorou muito tempo para a vinda do Messias a terra, muitas gerações tiveram que se suceder desde a semente plantada por Deus através da promessa Dele à Abraão. Uma capítulo que começou em um velho sem idade para ter filhos e teve sua conclusão em um jovem casal com uma vida inteira pela frente.

É assim que temos que ver o nascimento de Jesus: como o final de um capítulo, e o começo de uma nova história para a humanidade.

Uma história que se completou através da vida de homens e mulheres tão diferentes entre si, mas que cooperaram com Deus (I Cor 3:9)  para realização de seu majestoso plano aos homens.

Relembrar a história de alguns personagens dessa  genealogia nos revela que Deus não faz as coisas de um jeito óbvio.

Lembre de Jacó, que enganou seu irmão e só após ter um encontro sobrenatural com Deus pode rever sua vida, Davi, que matou um gigante mas não soube vencer os gigantes de sua vida íntima porém foi agraciado por um carinho muito especial vindo de Deus, ou reis como Asa, que desprezou totalmente os ensinos de Deus, ao contrário de Josafá que olhou para o que aprendeu do reinado de Davi nos mostra que Deus sabe o que faz através dos tempos e que seus propósitos são maiores que os homens.

É irônico perceber que José, o última dessa linhagem, achou muito estranha essa história de ver sua namorada grávida do Espírito Santo, mas nem seus argumentos foram capazes de tirá-lo desse grande espetáculo que foi a vinda de Deus à nós através de Jesus.

Veja o Natal,  como o final de um esperado capítulo que Deus revela, mostrando que Ele escolhe quem quer, do jeito que Ele quer, para cumprir seus desígnios, fazendo dos homens  cooperadores de um grande ato de amor.

Para refletir:

Como você vê Deus agindo na sua vida? Você consegue se sentir um cooperador de Deus, como foi Davi, ou esqueceu daquilo que Ele é capaz de fazer e age com o mesmo desprezo de Asa?



Written by eversonbarbosa

dezembro 10, 2008 at 10:18 pm

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Por um Natal que faça sentido

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porumnatal

No meio de tanta festa, comilança, presente, comércio e diversão, ainda dá pra achar algum sentido no Natal?

A partir dessa semana, estarei escrevendo alguns textos sobre a importância do Natal para quem crê que essa data ainda tem relevância em nossas vidas,  e que podemos crescer e aprender muito refletindo no nascimento de Jesus.

Vamos juntos nessa…

Written by eversonbarbosa

dezembro 10, 2008 at 12:53 am

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A cabana de nossa alma

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Faltam poucas páginas para completar a leitura do livro “A Cabana” de William P. Young, mas já me sinto a vontade pra escrever sobre esse livro que já considero marcante pra minha vida e formação espiritual. Fiquei conhecendo o livro através do blog do Sandro Baggio e me interessei pela proposta nada ortodoxa de mostrar o conceito de Deus, Jesus e o Espirito Santo.

O personagem principal da história é Mack, um pai que é dominado pelo sentimento da culpa de não poder ter feito nada para salvar sua filha de ter morrido nas mãos de um assasino durante um fim de semana em família. Ele fica transtornado ao receber um bilhete de alguém, que assina como Papai (modo que sua esposa chamava Deus), para ter um encontro com ele na cabana onde sua filha foi assasinada, pensando ser uma brincadeira de mal gosto, ele acha vários motivos para rejeitar a idéia mas chega ao ponto de ter a curiosidade de que talvez tenha sido o próprio Deus o autor do bilhete.

A velha cabana é uma metáfora perfeita para alma de Mack, e a cura proporcionada pelo Papai, onde velhos dogmas e conceitos pré-estabelecidos de quem é Deus na visão do personagem caem e ele vai conhecendo através de diversas experiências razões de porque ele não tem o controle de tudo sobre sua vida.

O livro é um pouco polêmico pois nos mostra a Trindade de uma forma física muito diferente, mas em seu caráter com uma visão bíblica, além disso há alguns fatos que podem ser discordados no livro, o que é bastante normal em qualquer obra de ficção, mas a essência está em demonstrar que o conceito que criamos de Deus está muito longe daquilo que ele realmente é, e que ele pode se revelar através de maneiras inesperadas em nossa vida.

O livro é um bestseller fora do país e já tem sido muito bem vendido aqui, e segundo o autor, William P. Young, ele não é um livro de auto ajuda mas “é um livro sobre seres humanos que não têm ajuda, que se encontram imóveis por alguma razão. Aí, ao encontrar Deus, são ajudados”. Além disso, Young não escreveu A Cabana com pretensão de ser uma máquina de fazer dinheiro, mas o livro nasceu de um desejo de sua esposa para que ele escrevesse um livro sobre sua visão de mundo para os seus filhos, então ele acabou distribuindo algumas poucas cópias para parentes e amigos, mas acabou tendo uma repercussão tão positiva que acabou sendo comprado por uma pequena editora e feito o estrondoso sucesso pelo mundo. Não sei quanto a você, mas eu consigo ver uma mão divina nisso tudo aí.

Saiba mais no site da Editora Sextante, clique aqui.

Written by eversonbarbosa

novembro 17, 2008 at 11:43 am

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Chima com palavra – Uma mistura que dá certo

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A foto acima foi tirada no fim da ótima tarde que tivemos ontem. A idéia foiseguinte, juntar os jovens da igreja a irem para um local público de Lajeado, e lá mesmo fazer uma conversa descontraída sobre nossas muitas questões, uma boa mistura de chimarrão com palavra.

O papo da vez foi sobre a relevancia da palavra de Deus nos dias de hoje. Ou seja, até que ponto a palavra de Deus tem sido importante pra nossa geração?

Vou colocar em alguns pontos algumas coisas que foram discutidas e conversadas nessa tarde:

  • Temos que entender o que é a palavra de Deus para nós, e o que ela é para as outras pessoas que não tem entendimento do seu propósito.
  • A Bíblia não é um livro de auto-ajuda, não é um amontoado de regras, nem palavras escritas sem um propósito específico.
  • Ela é: expressão dos anseios dos homens de todas as gerações, uma bússola norteadora de nossas decisões, uma fonte de vida, uma revolução para aqueles que compreendem seu propósito.
  • Uma das primeiras questões foi entender porque a Bíblia é o livro mais vendido do mundo, mas tão pouco entendido. O legal que foi abordado fatos históricos (o Buiú que deu uma aula de história pra nós..), filosóficos e éticos do porque é tão dificil discernir o propósito  da Bíblia.
  • Conversamos muito também de como explicar a um jovem que a Bíblia é relevante. Claro, que a grande conclusão foi que a Bíblia deve ser vivida antes de ser pregada, como Paulo diz aos Coríntios, sendo cartas vivas. Também foi legal entender que temos que contextualizar a palavra para os dias de hoje, falar a linguagem da nossa geração, usar as ferramentas disponíveis e também aplicar no cotidiano, o que Jesus já fazia com suas simples, porém profundas parábolas.
  • Um dos momentos mais legais (sem contar a hora que apareceu o vendedor de algodão doce pra nós…) foi quando cada um argumentou se no futuro será mais fácil ou mais difícil pregar o evangelho. Ficou bastante divida as opiniões, e realmente é difícil prever algo assim, mas assim como vemos a igreja se modernizando o que para uns é um fator de crescimento, também vemos ela perder a essência de ser Igreja. Independente de ser difícil ou não, a conclusão que chegamos é que temos que ter nossos olhos fixos na palavra de Deus e não em pessoas, que podem nos inspirar, mas ainda assim são falhas, e só assim teremos uma geração que será capaz de marcar a história de uma geração.


“O conselho do Senhor dura para sempre; os desígnios do Seu coração, por todas as gerações”

(Sl 33:11).

“A tua palavra é lâmpada que ilumina os meus passos e luz que clareia o meu caminho.”

(Sl 119:105)

Seguir com fé

Acesse as fotos do grupo de jovens clicando aqui

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agosto 17, 2008 at 8:13 pm

Fazendo um check-up diário (parte 2)

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Na primeira parte desse papo sobre coração (clique aqui para acessar) falei que temos que ter um coração novo a cada dia, vou dar três motivos para isso:

– PRECISAMOS TER UM CORAÇÃO NOVO PARA SABER POR QUE NASCEMOS

O homem não é máquina, não é um robô ou fantoche nas mão de Deus, é um ser com motivações boas e ruins. Isso nos foi dado pelo próprio Deus quando soprou sobre nós vida (Gn 2:7) e nos fez almas viventes. Foi ai que nosso coração bateu, foi nesse momento que sentimos emoções, e realmente acordamos para a vida. O coração novo simboliza o sopro que vem de Deus, a vida que surge do pó.

Nós não temos instintos, nós temos motivações e essas motivações também nos levam a buscarmos um afastamento de Deus, pois essa é uma tendência do homem já que com o ínfimo poder que temos acabamos nos achando auto-suficientes e esquecemos que somos pó e carecemos do sopro de Deus pra viver.

Eu preciso de um coração novo a cada dia para poder sentir o vento que sopra de Deus em minha vida, me dando uma razão de viver.

– PRECISAMOS DE UM CORAÇAO NOVO PARA SER DIFERENTES E NÃO SEGUIR A MAIORIA

“E por se multiplicar a iniqüidade o amor de muitos esfriara” (Mt. 24. 12)

Essa passagem reflete o momento que vivemos, e é uma frase lógica, não precisa ir muito longe para pensar se a iniqüidade tem aumentado e como conseqüência o amor esfriado, faça um simple exercícios: assista um noticiário fazendo suas refeições.

Eu não sei quanto a você, mas a minha comida perde o sabor.

É triste ver a compaixão se esfriando, é horrível ver pessoas que perderam a esperança em um mundo melhor, são pessimistas e se sentem indiferentes a qualquer coisa.

E sabe de quem eu estou falando? De pessoas que estão dentro dos templos, estão nas igrejas.

É muito fácil nos acomodarmos dentro da igreja, porque ali existe um núcleo social, diversas atividades, vários “ministérios” pra fazer parte, etc…eu preciso de um coração novo pra não me sentir confortável, mas me sentir inconformado com o que anda acontecendo ao meu redor!

Isso não é utopia, isso é tomar atitudes que possam parecer pequenas, mas que já são um passo enorme na busca de uma espiritualidade menos emotiva e mais ativa.

Tenha um coração novo para não ser como os muitos crentes que apenas dormem nos bancos das igrejas e não despertaram para um avivamento genuíno e relevante em nossa sociedade.

– PRECISO DE UM CORAÇÃO NOVO PARA SABER QUE DEUS É SUFICIENTE PRA MIM

O que te basta pra ser feliz?

Um bom carro, uma boa casa, um lindíssima namorada, realizações profissionais, ministério bem sucedido, o último modelo de celular, ou qualquer outra coisa material que podemos perder se tivermos as motivações erradas não são suficientes pra nós.

Deus, como nosso cardiologista revela o nosso diagnóstico e mostra de uma forma visceral o que está passando no nosso coração:

Porque do interior do coração dos homem saem os maus pensamentos, os adultérios, as prostituições, os homicídios, os furtos, a avareza, as maldadess, o engano, a dissolução, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura (Marcos 7:21,22)

Claro que ter é importante, mas além disso, precisamos ser alguém! E a cada dia eu reconheço que eu só sei quem sou no momento que percebo que Deus é suficiente pra mim. Posso ter tudo, mas sem ele eu acabo tendo nada. Com ele as outras coisas da vida se completam.

Eu aprendi através de uma ilustração do Max Lucado no livro 3:16 que Deus como cardiologista não nos oferece como solução um remédio, recomendação ou um tipo de exercício físico mas Ele nos oferece seu próprio coração! Ele se oferece como A solução.

Ele tomou o nosso coração pecador sobre si, e ofereceu um coração novo em folha, sem remendos, mas perfeito.

Como homem eu tenho, sinto e vivo tudo aquilo que esta em Marcos 7:21,22, mas como Filho de Deus eu posso viver e receber um coração compassivo, generoso, perdoador, equilibrado, quebrantado, sarado, motivado, e qualquer outro atributo que esteja além da nossa capacidade humana de ter. Eu só encontro esse coração quando reconheço o amor de Deus por mim.

Isso é o mais básico do cristianismo, e o que ainda é tão difícil de comprender. Ele me ama pelo que Ele é, não pelo que eu sou, por que eu não mereço tão grande amor.

Deus não faz remendos na nossa vida, ele nos dá algo novo, ele não nos oferece um transplante, algo já usado, ele nos oferece um coração novo, reto e integro pra viver suas promessas. É com essa motivação que quero viver todos os dias da minha vida, e você?

“Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor”

Hebreus 12:14

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julho 15, 2008 at 11:16 am

Fazendo um check-up diário (parte 1)

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Na minha vida já fiz vários check ups.

A muito tempo atrás passei por problemas de coração, eu não lembro mas sei da história que meus pais contam que muito pequeno tive que fazer uma cirurgia para corrigir um defeito, foi uma cirurgia de risco e até hoje sou grato pelo cuidado que meus pais tiveram comigo e pelas muitas noites que trocaram o sono pela oração.

Tenho certeza que minha vida é fruto de um milagre, hoje não preciso de nenhum tipo de medicamento, mas mesmo assim me cuido e sei da importância de todo o ano fazer um check up, mesmo nunca ouvindo que meu coração pudesse estar em perigo.

Na semana passada fui surprendido por um convite de uma amiga, trazer uma palavra a jovens em um evento interdenominacional (várias igrejas) em Venâncio Aires/RS. Foi uma experiência marcante porque foi a primeira vez que levei a palavra a pessoas de fora da minha igreja. O tema da minha mensagem foi sobre fazer um check up diário de nosso coração e assim reconhecer quais são as nossas motivações.

A Bíblia traz ínumeras referências ao coração como fonte de nossas motivações, a pergunta que fica é: afinal porque nosso coração é tão importante pra Deus?

Quanda lemos sobre o coração na Bíblia entendemos que ela fala do nosso SER! Muitas pessoas TÊM, mas poucas SÃO.

Gosto muita da passagem de Ezequiel 36:26 que diz – Dar-vos-ei coração  novo e porei dentro de vós espírito novo; tirarei de vós o coração de pedra e vos darei coração de carne.

Aqui não se fala em um coração carnal, com sentimentos humanos, mas um coração dado por Deus. O que me deixa intrigado é que tem muitas pessoas que tem se acostumado com um coração de pedra e estão cauterizados, acham que uma mudança é impossível. E falo daquelas pessoas que estão sentadas nos bancos da igreja, presas por um coração duro e um espírito religioso. Eu preciso de um coração novo, você precisa de um coração novo, aquela pessoa que está a anos na igreja precisa de um coração novo, pois temos que ter a humildade de como Davi dizer no Salmo 51:10:

“Cria em mim ó Deus um coração novo e renova em mim um espírito reto”

E a pergunta que deixo para o próximo post: o que motiva o teu coração?

Written by eversonbarbosa

julho 10, 2008 at 12:20 am

Deus, o universo e minha aula

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Estou enrolando esse post a um bom tempo, e creio que chegou a hora de comentar sobre ele.

Cerca de um mês tive uma oportunidade incrível na aula de Metodologia da Pesquisa de falar abertamente de Deus.

Vamos partir do começo…

Essa matéria do meu curso (Comunicação SOcial – Hab. em Publicidade e Propaganda) tem por objetivo instigar os alunos a pesquisarem e aplicar métodos de pesquisa. O primeiro trabalho que tive foi justamente sobre o início das pesquisas, e meu grupo ganhou um tema curioso: Mistérios da ciência. Ou seja, tudo aquilo que a ciência ainda não pode explicar.

Como o trabalho de cada integrante do grupo não precisava seguir uma linha de raciocínio igual, achei uma oportunidade única pra falar de Deus, como algo que a ciência ainda não conseguiu explicar. Ótimo tema, porém como começar tudo isso? Que material pesquisar? Como passar essa apresentação para os colegas sem cair no crentês?

Como princípio, busquei algo de interesse geral da turma, e por isso me propus a pesquisar sobre cientistas, teoria do universo, física quantica…coisas tão distantes do meu mundo publicitário, mas muito proximas daquilo que creio e vivo.

Como resultado, apresentei um trabalho coeso, sem muitas divagações, mas com argumentos, principalmente baseado na refutação do livro Deus, um delírio de Richard Dawkins, que é um best seller internacional, e considerado como o grande trunfo atéista moderno. Mas é triste ler o livro e perceber um ateísmo fundamentalista, tão retógrado quanto a religião criticada pelo autor. Li tanto esse livro, quanto O delírio de Dawkins, que é uma resposta dos professores de Oxford (mesma universidade de Dawkins) ao autor ateu (no Dliver Blog tem uma interessante entrevista com o autor Alister McGrath) . Foi interessante também usar frases e o próprio testemunho de Cs Lewis, como um pensador inteligente e cristão.

É óbvio que falar sobre um tema assim não é fácil. Meu conhecimento nessa área ainda é muito superficial, porém meu maior receio não estava em apresentar corretamente, mas como os colegas e a professora iam se comportar com um tema assim. A primeira reação, logo ao abrir minha apresentação onde estava escrito Deus e a ciência, foi ver algumas caras de desaprovação, risadinhas, e ironias do tipo que estamos acostumados, porém sem muita intimidação encarei a “platéia”. Qual foi minha surpresa em notar a atenção deles e ver ali na frente não mais um crente chato, mas alguém que utiliza argumentos convincentes e inteligentes (não estou me achando!) pra falar de um tema tão complicado. Sai muito feliz da aula, por ver a aprovação da turma e dos próprios comentários da professora, que disse que a faculdade é um lugar muito dificil para se falar desse tema, por gerar muitos preconceitos e opiniões mal formadas. E o mais legal foi que deu o sinal para o intervalo e eu consegui falar um pouco mais (e quem já apresentou algo entre os periodos sabe como é dificil!). Sai naquela noite muito feliz por poder ter feito algo que sempre desejei fazer como universitário.

Por isso tenho plena certeza, e digo, se você busca ser um cristão relevante, alguém que seja mais do que um papagaio gospel, mas inteligente o suficiente pra argumentar e questionar, estude!!! Corra atrás, saiba que hoje as pessoas tem interesse de ver esse lado do cristianismo, não o cristianismo fundamentalista ou excentrico, mas aquele cristianismo saúdavel, puro e simples. Não sou um expert em teologia, e nem busco ser um pensador cristão, mas sei que se tenho a oportunidade de conhecer gente inteligente e que pensa além das 4 paredes da igreja e constroi relações entre o cristianismo e a cultura, sociedade e o comportamento que tanto nos influencia, tenho certeza que têm coisas boas para passar pro meu futuro.

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Se você sentiu interesse em ler o que apresentei no trabalho, clique abaixo, pois colei o resumo que fiz para entregar. A professora exigiu que tivesse relação com outros trabalhos apresentados por issso tem citações de outros textos.

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Written by eversonbarbosa

maio 13, 2008 at 12:38 am

Adoração não é música

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Acabei de chegar da igreja, e depois de uma semana que parece que passou voando aqui estou procurando uma leitura antes de assistir o filme Os Indomáveis, me deparo com esse belíssimo texto do Philip Yancey, que concordo com gênero, número, grau e mais qualquer outra coisa que tiver pra concordar.

Apreciem sem moderação ; ]

Philip Yancey – Uma reverência e um beijo – A verdeira adoração

A adoração verdadeira revela tanto a amizade quanto o temor a Deus

O cristianismo afirma um lugar único entre as religiões do mundo. Nossa fé fala de um Deus diante de quem os mais poderosos santos tiram os sapatos, curvam-se, rosto em terra, e arrependem-se no pó e na cinza. Ao mesmo tempo, ela afirma que um Deus que veio à terra, como um bebê, que mostrou carinhosa misericórdia para com as crianças e os fracos, que nos ensinou a chamá-lo de Aba, que amou e foi amado. Os teólogos dizem que Deus é transcendente e imanente. Deus inspira, ao mesmo tempo, respeito e amor, temor e amizade.

Para os mais modernos, no entanto, o sentimento de respeito surge com muita dificuldade. Domesticamos os anjos até transformá-los em brinquedos de pelúcia e ornamentos natalinos, fizemos cartões de São Pedro nos portões do céu, amansamos o fenômeno da Páscoa com coelhos desajeitados e substituímos o respeito dos pastores e dos magos por duendes fofinhos e um homem divertido vestido de vermelho. O Deus todo-poderoso ganhou apelidos, como ‘O Grande Cara’ e ‘O Homem Lá de Cima’.

Em fevereiro de 2005, esta revista publicou um artigo que trata de um assunto que me irrita. Qual foi o processo que levou a palavra adoração tornar-se sinônimo de música? Por muitos meses, minha igreja procurou um ‘pastor de adoração’ e houve um desfile de candidatos para uma audição, com seus violões e grupos vocais. Sim, alguns deles oraram: ‘Senhor, apenas o Senhor sabe, esteja verdadeiramente conosco esta noite e deixe-nos saber que está aqui’. Ninguém mostrou muito conhecimento de teologia e, seguramente, ninguém nos levou a sentir algo como respeito. Hoje, adoração significa preencher com barulho qualquer espaço de silêncio.

Saúdo o sentimento de celebração e alegria aparente em muitas músicas atuais. Ainda assim, espanta-me o que deixamos de lado quando tentamos reduzir a distância entre a criatura e o Criador, distância essa tão eloquentemente expressa por Jó, Isaías e os salmistas. João, o discípulo a quem Jesus amava, que reclinara a cabeça sobre Jesus, registrou, em Apocalipse, que caiu aos seus pés como morto, quando Jesus apareceu em toda sua glória.

O estilo de adoração oscila de cá para lá, como um pêndulo, do ortodoxo ao doukhobors, do anglicanismo aos quacres, do luteranismo ao moravianismo, de igrejas aprovadas e estabelecidas às igrejas contracultura emergentes; e, talvez, precisemos de um pouco das duas. Certa vez, Sören Kierkegaard disse que lidamos com a adoração como se o pastor e o coro fossem atores, e a congregação, a audiência, quando, em vez disso, Deus deveria ser a audiência; o pastor e o coro, os incitadores; e a congregação, os verdadeiros participantes. O que apresenta uma questão interessante: que tipo de música Deus prefere? Parece que temos muito tempo para aprender a resposta a essa pergunta, pois Apocalipse apresenta muitas cenas de criaturas adorando Deus por meio da música e da oração.

Abraham Heschel, eticista e escritor judeu, fez a seguinte observação: ‘Respeito, ao contrário do temor, não nos faz encolher diante do objeto de respeito, antes, leva-nos para perto dele’. Martinho Lutero disse que devemos orar com a reverência dirigida a Deus, e a ousadia, a um amigo.

Um líder de adoração, que causa um crescente impacto na música cristã, tenta manter em criativa tensão esses dois elementos de respeito e temor. Matt Redman, autor de canções como Heart of Worship [Coração de adoração], Better Is One Day [Um dia melhor] e Let My Words Be Few [Que minhas palavras sejam poucas], lidera o grupo Soul Survivor, que se reúne em grande armazém em Londres, Inglaterra. Certo ano, Redman e seu pastor, preocupados com o fato da música de adoração ter se tornado o foco dos músicos, em vez de Deus, deram um audacioso passo e eliminaram totalmente a música do culto de adoração. Após esse período de ‘jejum’, ele emergiu com uma nova compreensão de adoração.

Conforme declarou em uma entrevista no rádio:Adoração é mais bem resumida em Efésios 5.10, que afirma: ‘Aprendam a discernir o que é agradável ao Senhor’. Se você falar sobre música, na verdade, quer fazer uma oferta que o agrade e, obviamente, ele não está preocupado com a música em si, o estilo ou se você toca no tempo certo e coisas assim. Quando você despeja seu coração na música e apóia isso com sua vida, esse, provavelmente, é um coração de adoração.

Um disco de Redman, lançado em 1998, chamado The Friendship and the Fear [A amizade e o temor], título retirado de um versículo de Salmos 25: ‘O Senhor confia os seus segredos aos que o temem, e os leva a conhecer a sua aliança’ (v. 14).

Redman continua a explorar a região fronteiriça entre o respeito e o temor, pois a autêntica adoração engloba ambos. Essa é a resposta apropriada, quando o Deus santo faz um convite à intimidade para o ser humano imperfeito. No Antigo Testamento hebraico, a palavra original para adoração significava ‘curvar-se em reverência e submissão’. No Novo Testamento, a palavra grega mais usada para adoração significa ‘apresentar-se para beijar’. Entre esses dois significados — ou em uma combinação de ambos — encontra-se nosso melhor caminho para Deus.

Fonte: Cristianismo Criativo

Written by eversonbarbosa

maio 10, 2008 at 1:28 am